Fernando Fajnzylber: do cepalismo tardio ao neoestruturalismo latino-americano

Main Article Content

Pedro Giovannetti Moura

Abstract

O presente artigo tem por objetivo propor uma revisitação ao pensamento de Fernando Fajnzylber, importante teórico cepalino dos anos 1980-1990 que, mediante a construção de um arcabouço teórico singular traz significativas contribuições ao debate sobre o desenvolvimento regional. Tendo em vista esse norte, iniciaremos o artigo com uma breve revisão bibliográfica a respeito do processo histórico substitutivo de importações que se inicia na região a partir dos anos 1950 para, em seguida, nos debruçarmos sob os principais aspectos da obra do chileno – com especial destaque para “La industrialización trunca de América Latina”. Pretendemos argumentar que, através de críticas às insuficiências desse processo histórico, o autor redimensiona o debate do desenvolvimento regional, com as lentes se voltando especialmente para as experiências asiáticas ancoradas sob a alcunha do conceito de Developmental State. Por fim, é a partir dessa junção entre experiência latino-americana e os modelos asiáticos que resultarão as bases do chamado neoestruturalismo latino-americano, sobre o qual deixamos alguns questionamentos.

Downloads

Download data is not yet available.

Article Details

How to Cite
Giovannetti Moura, P. (2020). Fernando Fajnzylber: do cepalismo tardio ao neoestruturalismo latino-americano . Historia Regional, (43), 1-15. Retrieved from https://historiaregional.org/ojs/index.php/historiaregional/article/view/423
Section
Dossier
Author Biography

Pedro Giovannetti Moura, Universidade de São Paulo

Graduado en Historia (Grado de Bachiller y Licenciatura por la “Universidade de São Paulo”, USP). Estudiante del programa de Maestria del Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) en la Universidade de São Paulo (USP). Brasil.

References

Amsden, A. H. (2009). A ascensão do “resto” – os desafios ao ocidente de economias com industrialização tardia. São Paulo: Editora Unesp.

Barcena, A. y Prado, A. (2015). Neoestructuralismo y corrientes heterodoxas en latinoamerica y al Caribe a inicios del Siglo XXI. Chile: CEPAL.

Barros de Castro, A. y Pires de Souza, F. E. (1985). A economia brasileira em marcha forçada. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Bielschowsky, R. (2000). Introdução. In: R. Bielschowsky (org.). Cinquenta anos do pensamento da CEPAL. V.1. Rio de Janeiro: Editora Record. Tradução Vera Ribeiro.

Chang, H. J. (2003). Chutando a escada – a estratégia do desenvolvimento em perspectiva histórica. São Paulo: Editora UNESP. Tradução Luiz Antonio Oliveira de Araujo.

Chudnovsky, D. y López, A. (1999). As multinacionais latino-americanas – evolução e perspectivas das empresas da Argentina, Brasil, Chile e México. Rio de Janeiro: FUNCEX. Revista do Comércio Exterior.

Coutinho, L. (2002). Marcos e desafios de uma política industrial contemporânea. In: A. C. Castro (org.). Desenvolvimento em debate. Painéis do desenvolvimento brasileiro I (pp. 191-209). Rio de Janeiro: Editora Mauad. v. 2.

De Dosman, E. Jr. (2011). Raúl Prebisch (1901-1986): A construção da América Latina e do Terceiro Mundo.
Rio de Janeiro: Contraponto/Centro Internacional Celso Furtado. Tradução Teresa Dias Carneiro e César Benjamin.

Evans, P. (1982). A tríplice aliança – As multinacionais, as estatais e o capital nacional no desenvolvimento dependente brasileiro. Rio de Janeiro: Zahar. Tradução: Waltensir Dutra.

Fajnzylber, F. (1971). Sistema industrial e exportação de manufaturados – análise da experiência brasileira. São Paulo: IPEA/INPESS.

Fajnzylber, F. (1983). La industrialización trunca de América Latina. Caracas/Buenos Aires: Editorial Nueva Imagen.

Fajnzylber, F. (1990). Industrialização na América Latina: da “caixa preta” ao “conjunto vazio”. In: R. Bielschowsky (org.). Cinquenta anos do pensamento da CEPAL. V.2. Rio de Janeiro: Editora Record, 2000. Tradução Vera Ribeiro.

Furtado, C. (1961). Desenvolvimento e subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundo da Cultura.

Furtado, C. (1985). A fantasia organizada, Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Johnson, Ch. (1999). Developmental State: Odyssey of a Concept. In: M. Woo-Cumings. The Developmental State. USA: Cornell University Press.

Koselleck, R. (2006). Espaço de experiência e horizonte de expectativa. In: R. Koselleck. Futuro Passado. Contribuição à semântica dos tempos históricos (pp. 305-327). Rio de Janeiro: Contraponto/PUC-RJ.

Leiva, F. I. (2008). Latin America Neoestructuralism – the contradictions of post-neoliberal development. USA: University of Minnesota Press.

Olivos, M. T. (2016). Fernando Fajnzylber – uma visión renovadora del desarrollo de América Latina. Chile: CEPAL.

Prebisch, R. (2013). Manifesto Latino-Americano. In: A. Gurrieri (org.). O manifesto Latino – Americano e outros ensaios. Rio de Janeiro: Contraponto.

Rodríguez, O. (2009). O estruturalismo latino-americano. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. Tradução Maria Alzira Brum Lemos.

Sunkel, O. (1991). Del desarrollo hacia adentro al desarrollo desde dentro. In: O. Sunkel (org.). El desarrollo desde dentro: un enfoque neoestructuralista para la América Latina. México, D.F., Fondo de Cultura Económica.

Tavares, M. da C. (2000). Auge e declínio do processo de Substituição de Importações no Brasil. In: R. Bielschowsky (org.). Cinquenta anos do pensamento da CEPAL. V.1. Rio de Janeiro: Editora Record. Tradução Vera Ribeiro.